quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Ética na escola


Terezinha Azerêdo Rios: lugar de múltiplos saberes

Merendeiras, faxineiros, professores, alunos, gestores - todos são responsáveis pela construção da vida escolar 

O que dá vida às escolas é o trabalho que nelas se desenvolve e as relações que ali acontecem em decorrência disso. Nesse sentido, as salas de aula são lugares privilegiados, mas é preciso pensar na vida que transcorre fora delas e que está estreitamente relacionada ao que ocorre no seu interior. O papel de secretários, porteiros, jardineiros, serventes, faxineiros, merendeiras e da equipe de manutenção articula-se ao dos gestores, professores e alunos, constituindo parte indispensável e insubstituível do organismo escolar e conferindo àqueles que o executam características de educadores. A especificidade da instituição revela-se nas atividades de todos os que nela trabalham e se relacionam. Pode-se dizer, de certo modo, que o ambiente escolar é constituído de múltiplas educações. Na comunidade que se forma no interior da instituição e nas relações entre os sujeitos que dela participam, se entrecruzam e se influenciam diferentes saberes e vivências. Por isso, é preciso observar se a ética está presente nessa complexa rede de relacionamentos. Muitas vezes, princípios considerados no vínculo entre "iguais" - aluno-aluno, professor-professor, gestor-gestor - são deixados de lado no contato com os outros membros da comunidade. Do ponto de vista da ética, a relação é sempre entre iguais: são todos seres humanos, pessoas. Diferentes em seu jeito de ser, na forma como veem o mundo, nas funções que desempenham. Iguais em seus direitos, na sua dignidade. Iguais na diferença - é isso que reclama o princípio ético da justiça. Gosto de recorrer ao belo poema do dramaturgo alemão Bertolt Brecht Perguntas de um Trabalhador que Lê, que denuncia de forma contundente como tantas vezes não se consegue perceber a função dos diversos sujeitos na construção da história das sociedades. No primeiro verso, Brecht questiona: "Quem construiu a Tebas das sete portas?" E, a seguir, diz: "Nos livros está o nome dos reis". Então volta a indagar: "Terão os reis carregado as pedras?" Provocação importante para pensarmos na construção da vida escolar. Ao perguntarmos: "Quem concebe a Educação escolar?", deveríamos responder, criticamente: "Todos os que nesse ambiente desenvolvem parte de sua vida e ali se relacionam, ensinando, aprendendo, criando, partilhando conhecimentos, fazeres, valores e crenças. Todas as pessoas - únicas na sua identidade, iguais na sua humanidade". O contrário da igualdade não é a diferença. É a desigualdade, algo que se cria no momento em que se rompe com os princípios éticos. Há um grande desafio para os gestores na concretização da igualdade nas relações, no respeito à diversidade. Só assim se pode falar na criação de um espaço democrático. É uma provocação conviver com pessoas diferentes, de outro partido, de outra igreja, que gostam de um estilo de música diferente do nosso ou torcem para outro time. A democracia não exclui o conflito - ele faz parte dela -, mas busca criar condições para uma convivência em que exista o bem comum. A Educação acontece em cada canto da escola, em cada momento, cada tarefa cumprida, cada descoberta, cada partilha, cada gesto de construção da vida que todos nós - diferentes e iguais - devemos buscar juntos. 

 *Terezinha A. Rios é graduada em Filosofia e doutora em Educação.

domingo, 19 de agosto de 2012

Capitalismo


Trabalho de Geografia - realizado por alunos do 8º ano "C" da Escola Estadual Senador Filinto Müller (Fonte: youtube)

Capitalismo

Vídeo produzido por alunos do 8° ano "C" da Escola Estadual Senador Filinto Müller Disciplina: Geografia (Fonte: youtube)

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